segunda-feira, 27 de julho de 2015

Coluna da Tati: Sessão Pipoca - Os musicais (PARTE 2)

E então, deu tempo de assistir todos os filmes indicados na parte um? Se você não faz ideia do que eu estou falando, antes de começar dê uma passada AQUI!, veja a primeira parte dessa lista e depois corre pra conferir!
Se você já viu todos os filmes anteriores (ou quase, vai ><), eu espero ter arrancado pelo menos uns dois versos, algumas lágrimas e umas dancinhas (além de um amor florescendo por essas maravilhas cinematográficas, hahaha) 
Continuando com a parte dois, vamos aos meus cinco musicais preferidos...

Dez filmes musicais que você PRECISA assistir antes do fim do mundo (da Broadway!)

5- Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet (2007)



É inegável que o bromance Burton-Depp ganhou o mundo do cinema e originou obras imortalizadas pela genialidade da cabeça maluca de Tim e falta de escrúpulos de Johnny. Também é óbvio que algumas dessas adaptações não funcionaram muito bem (olá, Sombras da Noite), mas em sua maioria a parceria é certeira. Não consigo imaginar outro diretor nem outro elenco que trouxesse tão bem ao cinema a arte macabra de Sweeney Todd. 
Johnny Depp dá vida ao protagonista, um barbeiro sombrio marcado por um passado devastador que o corrompe de forma trágica e irreversível. Há anos, viveu com sua esposa e filha na bonita cidade de Londres, como um barbeiro famoso, Benjamim Barker. Depois de ter sua vida roubada por um juíz corrupto que tinha obsessão pela sua esposa, Benjamim fora exilado. Voltando como Sweeney Todd, ele conhece a nefasta Senhora Lovett, dona de um restaurante falido que em seus dias de ouro fazia as melhores tortas de carne da cidade. Corrompido pela dor e desejo de vingança, o rapaz continua seu ofício como barbeiro e se une à mulher louca para juntos trazerem o restaurante de volta à sua glória, escondendo um segredo nos fundos do lugar e um ingrediente secreto nas tortas. 
A atuação de Johnny Depp é o ponto marcante do filme. Sabe aquele jeito expressivo e único que ele tem? Pois é, fica tão intenso e sombrio que você vai sentir medo e pena de Todd ao mesmo tempo. Além do lindo, o elenco conta com Helena Boham-Carter (com aquela química maravilhosa deles dois), Sacha Baron Cohen, Alan Rickman (com aquela expressão facial eterna de Severus Snape), Timothy Spall (nem Perebas, nem Rabixo) e músicas doloridas, sofridas e maravilhosas. Vale a pena conferir e se emocionar no final!

4- Chicago (2002)




Um filme que eu não me canso de ver e já tenho decoradas todas as músicas para quando fizer minha audição para o papel de Velma Kelly. Ambientado na década de 20, Chicago conta a história de Roxie Hart, uma mulher que vai presa por assassinar seu amante. Na cadeia ela é levada à Ala das Assassinas onde conhece a carcereira interesseira Mama, outras assassinas de maridos/parceiros e entre elas Velma Kelly, uma famosa dançarina de cabaret presa por assassinar a sangue frio sua irmã e seu marido que a traíram. Para se livrar do processo e da forca, Roxie recorre ao cínico advogado Billy Flinn, que com pouca honestidade e muita lábia, nunca perdeu um caso sequer na cidade mais corrupta da América. 
Além das músicas maravilhosas (detalhe para o Cell Block Tango que arrasa), o filme conta com seis prêmios Oscar além da atuação memorável de Reneé Zelwegger, Catherine Zeta-Johnes, Queen Latifah e Richard Gere em sua melhor performance de pilantra do cinema como Billy. A parte, também temos uma boa dose de feminismo, sensualidade e danças sensacionais e você pode até assistir o musical na versão brasileira estrelado por Danielle Winits e Daniel Boaventura no YT. Se apaixone, por all that jazz ;) 

3- The Rocky Horror Picture Show (1975)




Abrindo o pódio desta lista, nenhum outro faria melhor que TRHPS. Uma palavra para essa pérola dos anos 70: Polêmico. 
Brad e Janet acabaram de ficar noivo e, ao decidirem ir atrás do professor de faculdade que os apresentou para agradecê-lo, no caminho o pneu do carro fura obrigando o casal a se refugiar numa mansão bizarra próxima do local. Entretanto, o que eles encontram é um lugar cheio de pessoas malucas e diferentes, além do próprio dono da casa, o cientista Dr. Frank N Furter, um travesti vindo da Transilvânia Transexual, um mundo paralelo. Além disso ele está criando uma criatura: um homem louro e belo, para satisfazê-lo em seus dias de tédio. Durante o tempo que ficam na mansão, o casal é afetado diretamente pela psicose dos que vivem ali e o final, você precisa ver para entender...
Bom, se ser"polêmico" não te convenceu, talvez alguns fatos interessantes o façam: no Brasil só foi exibido com cinco anos de atraso devido à censura da ditadura, o conteúdo sexual é um grande fator que contribuiu para isso; Tim Curry está em um dos seus papéis mais primorosos (além de It!), arrasando como um travesti enorme num salto altíssimo; as músicas são divertidas e convidativas, as danças também (da pra criar um flashmob com Time Warp); se você já assistiu As Vantagens de Ser Invisível, com certeza viu o Logan Lerman de Rocky, Emma Watson de Janet e Ezra Miller de Dr. Frank, agora assista a origem disso tudo. 

2- Les Misérables (2012)




Preciso parar de cantar e secar minhas lágrimas antes de falar de Les Mis. Baseado na obra homônima de Victor Hugo, a história se passa na França (de novo!) do século 19. Em meio à misérias, sofrimento e dor encontramos Jean Valjean, um homem condenado à 19 anos de trabalho escravo por ter roubado um pão. Quando finalmente recebe seu ticket de soltura, ele percebe que a liberdade está mais longe do que imagina, devido principalmente ao carrasco Inspetor Javert, que o persegue durante toda sua vida em nome da lei. Jean Valjean recebe a ajuda de um padre, que lhe dá uma cara prataria em troca de que ele viesse a ser um homem bom e honesto. Com o dinheiro das peças, Valjean reconstrói sua vida em outro lugar e com outra identidade. Passam pela vida de Jean Valjean personagens marcantes e essenciais, como Fantine, uma mulher largada pelo pai de sua filha e que trabalha unicamente para sustentar a menina que vive com um casal de pilantras, os Thenardier. Pais de Éponine, apaixonada por Marius, que conhece Cosette e se apaixona perdidamente por ela, que por sua vez é a filha de Fantine salva anos antes por Valjean a pedido de sua mãe... 
Num ciclo de Revoluções, sofrimentos, amores, dor e tristeza, o filme é uma tragédia que mesmo passando por todo o escárnio humano, deixa uma sombra de esperança ao fim de cada canção. Com as músicas originais do musical, a versão de 2012 inteiramente cantada mereceu a repercussão e os tantos prêmios. Com atuações marcantes de Hugh Jackman, Anne Hathaway, Russel Crowe, Eddie Redmayne entre outros, é impossível não se apaixonar e se emocionar. 
Se você quiser, pode assistir também a versão anterior com Liam Neeson e Uma Thurman, não é cantada mas também vale a pena, além claro, do Concerto, do Musical em si e do livro que é (enorme!) incrível.

1- O Mágico de Oz (1939)




E para finalizar, um filme que precisa ser visto por todo, T O D O, mundo. Além de ser o mais antigo desta lista, O Mágico de Oz é o meu filme preferido da vida, sim. O conceito, a lembrança da infância, tudo me faz rever esse filme sempre que posso.
Baseado na obra de Frank Baum, a história é sobre a menina Dorothy que vive triste e infeliz na sua vida pacata e limitada do Kansas e um dia, durante uma tempestade, vê-se presa dentro de sua casa. Quando em terra firme, Dorothy e seu cachorro Totó acabam numa terra fantástica, cheia de magia. Após conhecer Glinda, uma bruxa boa, a menina descobre que é a heroína do povo daquela terra por ter derrubado sua casa em cima da Bruxa Má do Leste,  que aterrorizava os habitantes. Entretanto, para voltar para casa Dorothy precisa encontrar Oz, o Grande Mágico na cidade das Esmeraldas. Durante o caminho ela encontra um espantalho à procura de um cérebro, um homem de lata que deseja um coração e um leão covarde em busca de coragem. Juntos eles enfrentam os obstáculos da Terra de Oz para conseguirem chegar ao Mágico e terem seus desejos concedidos. 
Pode parecer bobagem, mas, acredite, não é. A história de Dorothy é nada mais nada menos do que as nossas histórias. Eu, particularmente, sempre me vi como um pouco de cada personagem. A garota em busca de aventura, de sabedoria, de amor, de coragem e no fim ainda com desejo de voltar para casa. Cada metáfora nessa história, é uma leitura de mim. E deve ser de você também!
Nessa adaptação de 1939, Judy Garland dá vida e voz à sua primeira personagem de destaque, Dorothy. Além de ser um filme à frente do seu tempo, é um marco na história do cinema quando se trata de "cores". Para vocês terem ideia, os recursos para esse longa eram tão expansivos, que a MGM quase foi à falência e só se recuperou com o retorno. Ainda temos as músicas que contam uma história por si só, além da clássica (e muito regravada) Somewhere Over The Rainbow. 
Bom, muitas curiosidades circundam esse filme, inclusive uma polêmica história relacionada com o álbum The Dark Side Of The Moon da banda inglesa, Pink Floyd, o que vem a ser assunto de outro (mais um!) post, hahaha...
Você pode ter assistido a versão de 2013 estrelada por James Franco, mas a história em foco é a do próprio mágico e eu, não querendo ser a chata das versões originais, mas ja sendo, não gostei muito. Para quem não leu o livro ela pode ser confusa e abstrata demais.

Enfim, espero que vocês tenham gostado desse tipo de post, da lista de filmes e que os assistam em algum momento de suas vidas. Se odiarem ou amarem, não importa, afinal qualquer forma de expressão da arte é importante. O bom é que você experimentou coisas novas e qualquer tipo de experiência, principalmente cinematográfica, é válida. 




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