Olá,
culpados.
Hoje
resolvi falar um pouco sobre um ícone dos anos 50: Audrey Hepburn. Vocês devem
conhecê-la como a eterna Holy Golightly, a bonequinha de luxo. Ela é a minha
atriz favorita de filmes clássicos e, apesar de não ter visto todos os filmes
dela (ainda!), vou contar minhas coisas favoritas sobre os que eu já vi.
Bonequinha de Luxo (1961)
A cena de Moon River. O filme não é P&B. |
Vamos
começar pelo mais conhecido. Se você não é o maior fã de filmes antigos,
garanto que há uma grande chance de você gostar desse. É um romance engraçado, fofo, com uma
protagonista diferente do usual. É impossível não gostar de Holly, uma garota
de programa fútil, inocente, ambiciosa e decidida a se casar com um homem rico.
Talvez essa descrição não tenha ajudado muito, mas o modo como Hepburn dá vida
à personagem torna a personagem muito amável.
Como
eu disse, Holly sonha em se casar com um homem rico. Mas acaba se apaixonando
pelo novo vizinho, Paul Varjak. Um aspirante a escritor que é bancado pela
amante. Holly não se deixa entregar por seus sentimentos para que não atrapalhe
seus planos de ser rica. Uma das minhas cenas favoritas é a que ela canta Moon
River na janela do apartamento. Também adoro o fato do gato dela se chamar
gato. Sim, gato. A razão de ser esse o nome você pode descobrir assistindo (é
uma desculpa esfarrapada por eu não lembrar).
Em
inglês, o título traduzido é Café da
Manhã na Tiffany, o nome do livro que deu origem ao filme e que faz
referência ao costume de Holly de comer café da manhã em frente à famosa joalheria.
Acabou que muita gente que visita Nova Iorque faz o mesmo, graças a ela. Outra
curiosidade é que o autor do livro queria que quem interpretasse a personagem
principal fosse Marilyn Monroe, e não Audrey. Bem, prefiro do jeito que ficou.
E vocês?
Minha Bela Dama/ My Fair Lady (1964)
Algo
interessante em ver filmes antigos é perceber a inspiração que eles são pros
filmes atuais. A série cancelada Selfie
era inspirada em Minha Bela Dama e o
filme da Disney Confissões de uma
adolescente em crise faz uma adaptação da história na peça da escola.
Interessante, não é?
Mas
vou falar a verdade pra vocês: eu não gosto do filme. Apesar de ter achado
hilário a atuação de Audrey como a Eliza antes de ser transformada em uma dama,
o cenário me incomoda bastante. Parece muito falso, achei mal feito. A
iluminação também não é das melhores. Mas o que compensa tudo são as roupas:
bem dramáticas e elaboradas.
No
filme, Audrey é Eliza Doolitle, uma florista sem modos, com um sotaque muito carregado e cheio de
erros de gramática, que pede a ajuda de Henry, um professor de fonética, para
se transformar em uma dama. Ele aposta com um amigo que consegue fazer tudo em
seis meses, mas a tarefa é muito mais trabalhosa do que ele imaginava.
Uma
cena que eu adoro é na corrida de cavalos, quando a Eliza põe em prática os
ensinamentos de Henry pela primeira vez. Mas tudo dá errado quando ela grita
pro cavalo: “Come on, Dover! Move your
bloomin' arse!”, que quer dizer algo como “Vamos lá, Dover. Mexe esse
maldito traseiro!”. Assista aqui.
Charada (1963)
Esse
é o meu favorito de todos! Cheio de suspense e mistério, a história se passa em
Paris, quando Regina Lambert, que está se divorciando do marido, descobre que o
mesmo foi assassinado. Tendo este pego todo o dinheiro, que agora está perdido,
Regina se vê falida e, para piorar, tem que se preocupar com ladrões que
acreditam que ela esconde a quantia. Pra isso, conta com Peter Joshua, um homem
que ela não sem certeza se pode confiar ou não.
Charada
é aquele tipo de filme que te deixa sem ar! Você fica em dúvida sobre quem é o
assassino o filme inteiro e desconfia de todos, até mesmo (pelo menos no meu
caso) da protagonista. Minha cena favorita é quando a polícia faz perguntas pra
Regina sobre o falecido marido e quase todas as respostas são "Eu não
sei!", com a voz super fofa da Audrey.
Como
todos os filmes que tem a Audrey, o figurino é maravilhoso. Mesmo não sendo
muito a ver com moda, já que é um filme de suspense e mistério. Também é fofo o
romance entre ela e o Peter (que muda de nomes várias vezes ao longo da
história). Uma curiosidade é que o ator, Cary Grant, não se sentia confortável
com o romance por ser muito mais velho que a Audrey. Por isso pediu para deixar
claro no roteiro que era Regina que ia atrás dele, e não o contrário. Minhas
cenas favorita são as que ela está fugindo do... Não vou contar porque é spoiler!
A Princesa e o Plebeu (1953)
Roman Holiday, como é o título em inglês, ainda é preto e branco.
Mas é um filme leve, romântico e engraçado. A história é sobre a princesa Ann,
que está cansada de tantos compromissos e tarefas. Ela decide, então, passear
um pouco por Roma anonimamente. Ela foge completamente dopada por remédio pra
dormir e quem a socorre, bem irritado com as atitudes da moça, mas não querendo
largá-la na rua sozinha, é Joe Bradley (Gregory Peck).
No
dia seguinte, ele a reconhece e, por ser repórter de um jornal que está o
cobrando para fazer uma matéria sobre ela, ele aproveita a oportunidade para
escrever sobre a princesa, fingindo não saber quem ela é. É claro que ele
desiste da ideia quando acaba se apaixonando.
Minha
cena favorita é [spoiler alert] a do
beijo deles. Eles estão encharcados, depois de pularem no rio fugindo de uma
briga. E também a cena da despedida...
Cinderela
em Paris (1957)
Outro
filme que não sou a maior fã. E, assim como My
Fair Lady, é musical. Na história, Audrey é Jo Stockcon, uma balconista de
uma livraria que é descoberta por Dick Avery, um famoso fotógrafo de moda. Ele
trabalha para a Quality Magazine, uma revista feminina que que tem como editora
Maggie Precott, que está a procura de um “novo rosto”. No começo ela não é a
maior fã da ideia de ter Jo como modelo, e até mesmo Jo reluta. Mas ao saber
que indo à Paris para ser fotografada poderá conhecer Emile Flostre, um
intelectual que ela adora, ela topa o desafio. É claro que nem tudo dá certo.
O
que eu não gostei muito foi o excesso de música, que não são tão legais de
ouvir. Mas a cena que eu mais gosto é a que Jo e Dick dançam, e ela está com um
vestido de noiva muito lindo. Eles atravessam o rio dançando em cima de uma
espécie de jangada, o que também acontece no filme Doze é Demais 2. Não disse
que filmes clássicos ainda inspiram os novos? Ah, e é claro, a cena do vestido
vermelho. Ela sendo fotografada descendo a escada!
Sabrina (1954)
Sabrina
é outro filme em que a personagem de Audrey passa por uma transformação. A
personagem principal, que tem o nome como título, é filha do chofer de uma
família muito poderosa com dois filhos bem diferentes um do outro. Desde
pequena, Sabrina é apaixonada pelo caçula, um playboy incorrigível que nunca
prestou atenção nela. Quando retorna de uma viagem de dois anos em Paris, ela
volta mudada e finalmente ele repara nela. Mesmo noivo de outra mulher, membro
de outra família poderosa que dará uma fusão muito lucrativa para ambas as
família. O irmão mais velho, um empresário muito competente, tenta intervir no
romance mas acaba se apaixonando também. Ou seja, muita confusão!
Sabrina
também tem um remake de 1995 e não é ruim. Se você não gosta muito de filme
preto em branco, pode assistir a ele. Agora vamos à minha cena favorita: No dia
que Sabrina volta de Paris, David, o playboy, a chama para o baile que vai ter
no jardim. Ela aparece num vestido maravilhoso e todos se impressionam quando
ela chega. Sou apaixonada por esse vestido, que vocês podem ver acima.
É uma pena Audrey ter falecido tão cedo, em 1993, devido um
câncer no apêndice. Mas ela será, para sempre, reconhecida por seu talento!
Quais filmes dela são os favoritos de vocês?
Beijos,
Bela